Hoje temos: Clássico e Rock e o início da análise da participação de Boca de Sauron na saga.

A vida de Tolkien [Parte CXL]:

Prontos para partir?

Espero que sim. Hoje, vamos analisar a participação de Boca na saga do Anel mais detalhadamente.

Para facilitar o trabalho, dividirei o texto em 3 ou mais partes. Nesse capítulo, nos dedicaremos a primeira apenas. Facilitará nosso trabalho.

Fez-se um longo silêncio, e não se ouviu nenhum som em resposta, da muralha ou do portão. Mas Sauron já fizera seus planos, e tinha em mente primeiro brincar cruelmente com aqueles camundongos antes de iniciar a matança. Foi assim que, exatamente quando os Capitães estavam prestes a virar as costas, o silêncio foi subitamente quebrado. Veio um longo retumbar de grandes tambores, como trovões nas montanhas, e então um zurrar de cornetas que fez tremer as próprias pedras e feriu os ouvidos dos homens. E então a porta do meio do Portão Negro se abriu com um grande clangor, e de lá saiu uma embaixada da Torre Escura. Como seu líder veio cavalgando um vulto maligno, montado num cavalo negro, se aquilo era um cavalo, pois era enorme e hediondo, e sua cara uma máscara horripilante, mais parecendo um crânio que uma cabeça viva, e das covas de seus olhos e de suas narinas saía fogo. O cavaleiro estava todo vestido de negro, e negro era seu elmo imponente; mas este não era um Espectro do Anel, e sim um homem vivo. Era o Tenente da Torre de Barad-dûr, e seu nome não é lembrado em história alguma, pois ele próprio o esquecera, e ele disse: — Sou a Boca de Sauron. — Mas conta-se que ele foi um renegado, que vinha da raça daqueles que eram chamados de numenorianos negros, pois eles estabeleceram suas moradias na Terra-Média durante os dias do domínio de Sauron.

Apesar de ser um mero coadjuvante, Boca precisava de uma apresentação de respeito. Ela fazia parte de um plano maior de Sauron para desestabilizar a Comitiva. Por isso sua ela deveria ser algo bem impactante, pois aumentava as chances de seu chefe tomar o Um de volta. Enganou os Capitães presentes. Por um momento, não fez nada. Todos pensaram que entrariam em Mordor facilmente. Senhor do Escuro não faria nada. Por isso deram as costas. Então ele causou o caos sonoro, ferindo o ouvido de todos os humanos presentes. Nessa hora, Boca entrou em cena. Todos já estavam bastante abalados. Com sua aparência pavorosa, tentou deixar a Comitiva ainda mais desestabilizada. Apesar de ser um homem, parecia uma criatura. Como veremos no próximo capítulo, isso não funcionou. Por hora, me despeço. Voltarei com os estudos. Até daqui a quinze dias, galera.

A vida de Tolkien [Parte CXXXIX]:

Simbora para Terra-Média, galera?

Nossa primeira viagem do ano será bastante especial. Veremos Boca de Sauron em ação.

Antes de começarmos, compartilharei algumas informações com vocês.

Antes que prossigam, devo alertá-los sobre algo importante. Apesar da informação estar nos apêndices de O Senhor dos Anéis, ela é um spoiler da série Anéis do Poder. Portanto você que não quer saber um pouco da segunda temporada da série não prossiga a leitura.

Aqueles que viram a primeira temporada da série supracitada, sabem que o homem acima é Ar-Pharazôn. A princípio, ele é apenas um chanceler de Númenor. No entanto é bastante ambicioso, então concluímos que logo trocará de cargo. Não age somente por seu reino. No entanto esse episódio é sobre Boca, então o que ele tem a ver com o personagem em questão?

Por conta de sua ambição, Boca quase se tornou o penúltimo numenoriano negro. Porém não quero dar muito spoiler da série, então não posso adiantar muito mais. Veremos um pouco de Boca em ação. Vamos à página 178 de O Retorno do Rei:

Fez-se um longo silêncio, e não se ouviu nenhum som em resposta, da muralha ou do portão. Mas Sauron já fizera seus planos, e tinha em mente primeiro brincar cruelmente com aqueles camundongos antes de iniciar a matança. Foi assim que, exatamente quando os Capitães estavam prestes a virar as costas, o silêncio foi subitamente quebrado. Veio um longo retumbar de grandes tambores, como trovões nas montanhas, e então um zurrar de cornetas que fez tremer as próprias pedras e feriu os ouvidos dos homens. E então a porta do meio do Portão Negro se abriu com um grande clangor, e de lá saiu uma embaixada da Torre Escura. Como seu líder veio cavalgando um vulto maligno, montado num cavalo negro, se aquilo era um cavalo, pois era enorme e hediondo, e sua cara uma máscara horripilante, mais parecendo um crânio que uma cabeça viva, e das covas de seus olhos e de suas narinas saía fogo. O cavaleiro estava todo vestido de negro, e negro era seu elmo imponente; mas este não era um Espectro do Anel, e sim um homem vivo. Era o Tenente da Torre de Barad-dûr, e seu nome não é lembrado em história alguma, pois ele próprio o esquecera, e ele disse: — Sou a Boca de Sauron. — Mas conta-se que ele foi um renegado, que vinha da raça daqueles que eram chamados de numenorianos negros, pois eles estabeleceram suas moradias na Terra-Média durante os dias do domínio de Sauron. E o adoraram, enamorados pelo conhecimento do mal. E ele havia entrado para o serviço da Torre Escura quando esta se ergueu de novo pela primeira vez, e por causa de sua esperteza foi crescendo cada vez mais nos favores do Senhor; aprendeu grandes feitiçarias, e sabia muito da mente de Sauron; era mais cruel que qualquer orc. Era ele que agora saia pelo portão, e com ele vinha apenas uma pequena companhia de soldados arreados de negro, e uma única bandeira, negra e estampada com o vermelho do Olho Maligno. Parando agora a alguns passos dos Capitães do Oeste, ele os olhou de cima a baixo e riu. — Há alguém nesse bando que tem autoridade para dirigir-se a mim? — perguntou ele. — Ou mesmo com capacidade de me entender? Não tu, pelo menos! — caçoou ele, voltando-se para Aragorn com desprezo. — Para se fazer um rei, é preciso mais que um pedaço de vidro élfico, ou uma gentalha dessas. Ora, qualquer bandido das colinas pode exibir tal sequela! Aragorn não disse nada em resposta, mas fixou os olhos do outro e sustentou o olhar, e por um momento os dois lutaram assim; mas logo, embora Aragorn não se movesse nem dirigisse a mão para qualquer arma, o outro vacilou e recuou, como se tivesse sido ameaçado por um golpe. — Sou um arauto e um embaixador, e não posso ser atacado! — gritou ele. — Onde rezam tais leis — disse Gandalf — também é costume dos embaixadores usarem menos insolência. Mas ninguém o ameaçou. Não tem nada a temer de nós, até que sua missão seja cumprida. Mas, a não ser que seu mestre tenha adquirido mais sabedoria, então você, juntamente com todos os servidores, estará em grande perigo. — Então! — disse o Mensageiro. — Este é o porta-voz, velho barba-cinzenta? Será que não ouvimos sobre ti algumas vezes, e de tuas andanças, sempre armando planos e traições a distância? Mas desta vez esticaste o teu nariz longe demais, mestre Gandalf, e verás o que acontece para aquele que tece suas tolas teias diante dos pés de Sauron, o Grande. Tenho provas que me mandaram mostrar a ti — a ti especialmente, se tu ousasses aparecer. — Acenou para um dos guardas, e este veio à frente, carregando um pacote embrulhado em tecido negro. O Mensageiro desembrulhou o pacote, e ali, para a surpresa e frustração de todos os Capitães, ele ergueu primeiro a pequena espada que Sam carregara, e depois uma capa cinzenta com um broche élfico, e finalmente o colete de mithril que Frodo usara, embrulhado em suas vestes rasgadas. Uma escuridão se formou diante dos olhos deles, e tiveram a impressão de que num momento o mundo se paralisara, mas seus corações estavam mortos e sua última esperança desaparecera. Pippin, que estava atrás do Príncipe Imrahil, saltou à frente com um grito de dor.

— Silêncio! — disse Gandalf num tom severo, empurrando-o para trás; o Mensageiro soltou uma alta risada. — Então você ainda tem outro desses moleques! — exclamou ele. – Que utilidade vê neles não posso adivinhar, mas mandá-los como espiões para Mordor superou até sua costumeira loucura. De qualquer forma, agradeço a ele, pois está claro que pelo menos esse pirralho já viu esses símbolos antes, e agora seria inútil você negar. — Não desejo negar nada — disse Gandalf. — Na verdade, conheço-os, e toda a sua história, e apesar de seu desdém, nojenta Boca de Sauron, você não pode dizer o mesmo. Mas por que os traz aqui? — Casaco de anão, capa de elfo, espada do oeste tombado, e espião daquela pequena terra-de-ratos que é o Condado — não, não se assuste! Sabemos muito bem aqui estão as marcas de uma conspiração. Agora, pode ser que aquele que carregava essas coisas fosse uma criatura que vocês não sentissem perder, ou pode ser o contrário: alguém que lhes era caro, talvez? Se for assim, tome resoluções rápidas com a pouca esperteza que lhe resta. Pois Sauron não gosta de espiões, e o destino dessa criatura depende agora de sua escolha. Ninguém respondeu, mas ele viu todos os rostos pálidos de medo e o horror em seus olhos, e riu outra vez, pois pareceu-lhe que sua brincadeira ia bem. — Bem, bem! — disse ele. — Ele lhes era querido, estou vendo. Ou quem sabe sua missão era de tal ordem que vocês não queriam que fracassasse? Pois fracassou. E agora ele deverá suportar o lento tormento de anos, tão longo e lento quanto as artes da Grande Torre podem conceber; nunca será libertado, a não ser talvez quando estiver mudado e destruído, de modo que possa vir até vocês, para que vejam o que fizeram. Isso certamente acontecerá — a não ser que vocês aceitem os termos de meu Senhor. — Diga quais são os termos — disse Gandalf numa voz severa, mas os que estavam perto viram a angústia em seu rosto, e agora ele parecia um homem velho e mirrado, esmagado, finalmente vencido. Ninguém duvidava de que ele fosse aceitar. — Os termos são estes — disse o Mensageiro, sorrindo e encarando-os um a um- : a gentalha de Gondor e seus iludidos aliados devem retirar-se imediatamente para além do Anduin, não sem primeiro prestarem juramento de nunca mais atacar Sauron, o Grande, aberta ou secretamente. Todas as terras a leste do Anduin deverão pertencer a Sauron para sempre, e unicamente a ele. A região a oeste do Anduin, até as Montanhas Sombrias e o Desfiladeiro de Rohan, deverá pagar tributo a Mordor, e os homens de lá não poderão portar armas, mas terão permissão para governar seus próprios assuntos. No entanto, deverão ajudar a reconstruir Isengard, a qual destruíram por capricho, e essa região será de Sauron, e lá seu tenente deverá morar: não Saruman, mas alguém mais digno de confiança. Olhando nos olhos do Mensageiro, todos leram seu pensamento. Seria ele aquele tenente que reuniria tudo o que restasse do oeste sob seu controle seria tirano e eles os seus escravos. Mas Gandalf disse: — Isso é exigir muito pela entrega de um servidor: que seu Mestre deva receber em troca o que de outra forma lhe custaria muitas guerras! Ou será que o campo de Gondor destruiu sua esperança na guerra, e ele agora deu para barganhar? E, se realmente déssemos tanto valor ao prisioneiro? Que garantia teremos de que Sauron, o Mestre Máximo da Traição, manterá sua parte no acordo? Onde está esse prisioneiro? Que o tragam aqui para que o vejamos, e então consideraremos essas exigências. Gandalf, atento, olhando para ele como alguém empenhado em esgrimir com um inimigo mortal, teve a impressão de que, pelo tempo de um suspiro, o Mensageiro ficou perdido; mas rapidamente ele riu outra vez. — Não seja tão insolente a ponto de discutir com a Boca de Sauron! — gritou ele. — Você pede garantias! Sauron não dá nenhuma. Se você implora por sua demência, deve primeiro fazer o que ele ordena. Estes são os seus termos. É pegar ou largar! — Vamos pegar! — disse Gandalf de repente. Jogou para o lado a capa e uma luz branca brilhou como uma espada naquele lugar escuro. Diante da mão erguida do mago, o Mensageiro recuou, e Gandalf, avançando, agarrou e tirou dele as provas: casaco, capa e espada. — Vamos pegar estes em memória de nosso amigo — gritou ele. — Mas, quanto aos seus termos, nós os rejeitamos completamente. Vá embora, pois sua embaixada terminou e a morte se aproxima de você. Não viemos até aqui para desperdiçar palavras fazendo tratos com Sauron, traiçoeiro e maldito, e muito menos com um de seus escravos. Suma daqui!

Acima, temos a única participação de Boca em toda saga do Professor. Apesar dela ser bem pequena, ela é bem marcante. Com sua atitude e fala, ele zomba várias vezes de toda a Comitiva, mostrando o comportamento típico dos vilões rasos. Se acha superior a eles, por isso desrespeita seu sofrimento e luta. No entanto, Senhor dos Anéis não é uma história rasa. Esperava mais de Boca. Deveria ser algo mais do que um debochado. Essa atitude não condiz com tudo o que vimos até agora. Tolkien descreve alguém bastante poderoso. É o segundo em comando em Barad-dûr.

Próximo capítulo, nós faremos uma análise melhor da participação de Boca na saga do Anel. Estudarei mais. Até daqui a quinze dias, amores.

Hoje temos: Clássico e Rock e um pouco mais sobre um vilão

A vida de Tolkien [Parte CXXXVIII]:

Bora para Terra-Média, galera? Até agora temos poucos dados sobre Boca de Sauron. Não o conhecemos muito. Não passaremos tranquilamente por Mordor.

Até agora não lhes contei o verdadeiro nome de Boca de Sauron, mas fiz isso por um simples motivo: nem o próprio sabe seu nome. Se apresenta como Boca de Sauron.

Graças a seu caráter violento, ele sempre foi servidor do Senhor do Escuro e um perfeito contraponto do seu povo bondoso.

Boca de Sauron só aparece no fim da saga do Anel, no entanto sua aparição suscita dúvidas até nos leitores mais aficionados pela obra do Professor, pois o associam com um personagem do fim da Segunda Era. Portanto Boca estaria vivo desde aquela época o que era perfeitamente normal para um Numenoriano antigo. Porém, esta hipótese esbarra num problema enorme: Boca era servo do Senhor do Escuro!

No mundo de Tolkien, quando você se volta para o mal, um pouco de sua vida esvai-se. No caso de Boca, ele fez muito mais do que se voltar para o mal. O cara era o tenente de Barad-dûr. Ele mergulhou no mal de cabeça! Imaginem o quanto de sua vida não foi tomada por esse simples ato.

Não descartaremos essa hipótese dos aficionados por Tolkien de imediato. Boca estava em contato direto com Sauron, que, com certeza, tinha poder suficiente para reverter esse fato, principalmente após a fabricação do Um. Com o anel, a pessoa ganhava um arremedo de vida. Tornava-se escrava do Anel do Poder.

No entanto, o personagem em questão era dono de seus atos. Ele “recepcionou” a Comitiva do Anel, quando ela chegou à Mordor. Não era um simples escravo. Era dono de sua mente. Se apresentou à Sociedade, como veremos no próximo capítulo.

Galera, ainda tenho que acertar coisas no planejamento do meu livro, antes do ano acabar. Por isso vou parar por aqui. Até daqui a quinze dias.

Hoje temos: Clássico e Rock e o subchefe de Barad-dûr

A vida de Tolkien [Parte CXXXVII]:

Simbora, galera?

Ainda temos assuntos inacabados na Terra-Média. Conheceremos mais sobre Boca de Sauron, o Tenente de Sauron. Saberemos como virou o segundo em comando em Barad-dûr.

Este é Boca de Sauron.

Apesar de sua aparência horripilante, Boca é Numenoriano. Por conta do seu caráter mau e violento, serviu ao Senhor do Escuro por toda a sua vida.

Por ser bom no serviço, ganhou rapidamente a confiança do seu Senhor. Adquiriu novos conhecimentos, como feitiçaria. Ganhou seu posto de comando. ¹

Capítulo que vem, nós veremos algumas citações dele na obra do Professor. Até daqui a quinze dias, galera.

¹Feito com ajuda do vídeo:

Hoje temos: Clássico e Rock e o início de um entendimento

A vida de Tolkien [Parte CXXXVI]:

Simbora voltar pra Terra Média, galera?

Ainda temos muito para saber sobre a relação entre os Haradrim, os Numenorianos e Sauron. Entenderemos melhor o motivo da vilania dos Haradrim. Saberemos a real relação que une esses povos ao Senhor do Escuro.

Capítulo passado, nós soubemos que os Numenorianos oprimiam os Haradrim. Por isso reagiram com força. Queriam sua liberdade de volta. Viram Sauron como o salvador. Ofereceram-lhe toda sua força e conhecimento. Não sabiam que ele também era aliado de Númenor. Era um agente duplo, logo não estava do lado de ninguém. Agia por si só.

Por conta do poder do Um, alguns Numenorianos e Haradrim ficaram cegos pela ganância. Transformaram-se em Cavaleiros Negros.

Acima temos Boca de Sauron, uma pequena dica do tema do próximo capítulo.

Com a dica dada pela foto acima, me despeço de vocês. Vou estudar mmais sobre o ser acima.  Até daqui a quinze dias, galera.

Hoje temos: Clássico e Rock, um vilão e uma opressão.

A vida de Tolkien [Parte CXXXV]:

Prontos?

Espero que sim. Estou ansiosa para voltarmos à Terra Média. Estou intrigada com os Haradrim. Quero conhecê-los melhor. Saberemos o real motivo de sua vilania. Mas já sabemos que Harad era perto de Mordor. Certamente, seu povo foi influenciado pela magia maléfica do lugar. Já tinham gosto pelas artes bélicas o que fazia deles vilões em potencial. Inicialmente, eram primitivos. Não eram muito perigosos. Após o contato deles com os numenorianos tudo muda de figura. Seu conhecimento era maior. Reagiram com força à escravidão. Passaram a ver Sauron como a salvação. Ele lhes oferecia a liberdade. Então, ficaram a seu lado.

Haradrim em batalha

No entanto, os Haradrim não foram os únicos a ficarem ao lado do Senhor do Escuro. Alguns numenorianos também o fizeram. Com isso, se tornaram Cavaleiros Negros. Porém abordaremos melhor isso no próximo capítulo. Até daqui a quinze dias, galera.

Hoje temos: Clássico e Rock e uma polêmica na obra do Professor

A vida de Tolkien [Parte CXXXIII]:

Olá galera, simbora para Terra-Média? Temos um assunto espinhoso para tratar lá. Conheceremos melhor os Haradrim.

Já sabemos que eles também têm sangue numenoriano nas veias. Ao contrário do povo de Númenor, eles são vilões. Estão do lado de Sauron. No entanto não é uma vilania gratuita. Há um motivo para serem assim. Vocês sabem qual é?

Como é mostrado na série Anéis do Poder, os númenorianos saíram de sua terra natal para ajudar os homens da Terra-Média. No entanto, a intenção deles não era só ajudar militarmente. Por isso traziam consigo alguns presentes para distribuir entre os locais. Desse jeito, faziam amizade com eles. Um outro modo dos numenorianos fazerem amizade era passando adiante seus conhecimentos. Mas a proximidade de Mordor começou a pesar para eles. O mal começou a dominar seus corações. Com o tempo, a amizade dos locais passou a ser insuficiente. Queriam mais. Então, passaram a agir como colonizadores. Era o melhor para Númenor. Ficava cada vez mais poderosa.

 Esse motivo me leva a crer que a obra do Professor retrata apenas o racismo estrutural dos povos europeus. Mostra brancos dominando negros. Dessa forma, não podemos chamar Tolkien de racista. Voltaremos a esse assunto no próximo episódio. Ele merece mais esclarecimentos. Até lá, galera.

Hoje temos: Clássico e Rock, um pedido de desculpas e um novo conhecimento.

A vida de Tolkien [ Parte CXXXII]:

Simbora para Terra-Média, galera?

Antes da nossa partida, quero pedir desculpas a vocês. Atrasei o episódio passado. Era para ter saído dia 9 de setembro. Minha vida está muito corrida. Além do blog, quero deixar minha marca na literatura fantástica. Durante a semana, faço dois cursos de escrita criativa. Fiquei atrapalhada. Me esqueci do dia da postagem.

Pedido feito, seguiremos em frente. Minha consciência já está tranquila. Antes de irmos à Harad, lhes trago imagens de seus habitantes. Veremos quem eles são.

Acima temos uma imagem de um habitante de Harad.

Como podem ver, os Haradrim têm a pele escura. No entanto nas veias de seus habitantes corre o sangue de Númenor. Os grandes senhores antigos passaram por lá.

Saberemos mais sobre isso no próximo episódio. Vou estudar mais sobre o tema. Até daqui a quinze dias, galera.

Hoje temos: Clássico e Rock e um novo desafio na Terra-Média.

A vida de Tolkien [Parte CXXXI]:

Olá galera, estou de volta para mais uma etapa de nossa jornada pela Terra-Média. Desta vez, passaremos rente à Mordor. Não se peocupem. Não entraremos naquele reino maldito. Vamos a outro lugar. Mas não se animem muito. É igualmente maléfico. Vamos à Harad, uma terra ao sul de Gondor e Mordor. Iremos ter com os seus habitantes, os haradrim. Falaremos um pouco deles.

Nosso próximo tema será um assunto delicado. Trataremos de uma das polêmicas da obra do Professor. Todo cuidado é pouco. Com as opiniões divergentes, os ânimos podem se exaltar. Precisamos ter muito tato.

Ainda temos algum tempo antes de nossa partida, por isso colocarei aqui o mapa do nosso destino.

Estão vendo aquele pedacinho de terra de onde sai uma seta?

Vamos para lá. Veremos a polêmica que envolve seus habitantes. A partir dela, discutiremos a série da Anéis do Poder da Amazon.

Antes de deixá-los, falarei do motivo pelo qual escolhi o tema. Não vejo com maus olhos as atualizações feitas pela produtora na obra do Professor. Isso torna a obra Tolkiendili mais atual.

Galera, vou estudar mais sobre os Haradrim. Deixo vocês agora. Até daqui a quinze dias.

Hoje temos: Clássico e Rock e uma resposta

A vida de Tolkien [Parte CXXX]:

Olá galera, estou de volta. Desta vez, voltaremos toda nossa atenção para Gimli. Acharemos o motivo de sua relutância em visitar uma floresta, mesmo após Legolas ter ido a uma caverna. Nosso objetivo com os anões será concluído.

Desde que vimos a cena de Gimli relutante em ir à Fangorn, já se passou muito tempo. Antes de seguirmos em frente, revisitaremos todo o caminho dos personagens até a tal cena.

Abaixo temos a cena da promessa feita por Legolas.

— Estas são as árvores mais estranhas que já vi — disse ele —, e eu já vi inúmeros carvalhos crescerem desde plantinhas até a idade em que apodrecem. Gostaria que houvesse tempo agora para caminharmos no meio delas: ouço suas vozes, e com o tempo poderia entender seus pensamentos. — Não, não! — disse Gimli. — Vamos deixá-las! Já adivinho o que pensam: odeiam todos os que andam sobre duas pernas, e falam em sufocar e esmagar. — Não todos os que andam sobre duas pernas — disse Legolas. — Nesse ponto, acho que está errado. São os orcs que elas odeiam. Pois elas não pertencem a este lugar e sabem pouco sobre homens e elfos. Distantes ficam os vales onde brotaram. Os vales profundos de Fangorn, Gimli; é de lá que elas vêm, julgo eu. — Então é a floresta mais perigosa da Terra-média — disse Gimli. Devo ficar agradecido pela parte que desempenharam, mas não as amo. Você pode considerá-las maravilhosas, mas já vi maravilha maior nesta terra, mais bela que qualquer bosque ou clareira que já surgiu: meu coração ainda está repleto dela. — Estranhas são as maneiras dos homens, Legolas! Aqui eles têm umas das maravilhas do Mundo do Norte, e o que falam dela? Cavernas, dize m eles! Cavernas para se refugiarem em tempo de guerra, para armazenar forragem. Meu bom Legolas, você sabia que as cavernas do Abismo de Helm são vastas e belas? Haveria uma interminável peregrinação de anões, apenas para apreciá-las, se fossem conhecidas. Na verdade, pagariam com ouro puro por uma olhadela! — E eu daria ouro para não ter de visitá-las! — disse Legolas -, e pagaria o dobro para sair, se me perdesse lá dentro!

 — Você me comove, Gimli — disse Legolas. — Nunca o vi falando dessa

maneira antes. Quase faz com que eu sinta pesar por não ter visto aquelas cavernas. Vamos!

Vamos combinar o seguinte — se nós dois retornarmos a salvo dos perigos que nos aguardam,

vamos viajar juntos por um tempo. Você vai visitar Fangorn comigo, e então eu vou com você ver o Abismo de Helm.

A seguir temos o pagamento da tal promessa.

Quando os convidados estavam prontos, beberam a taça de partida, e com muitos gestos de elogio e gestos de amizade partiram, chegando finalmente ao Abismo de Helm, onde descansaram por dois dias. Então Legolas pagou a promessa que fizera a Gimli, e ambos foram até as Cavernas Cintilantes; quando voltaram o elfo ficou em silêncio, dizendo apenas que Gimli era o único que podia encontrar palavras adequadas para descrevê-las.

Abaixo temos um Gimli relutante em ir a Fangorn.

— Venha, Gimli – disse Legolas. — Agora, com a permissão de Fangorn,

visitarei os recônditos da Floresta Ent e verei árvores que não existem em

nenhum outro lugar da Terra-média. Você virá comigo, mantendo a sua palavra;

e assim viajaremos juntos para nossas próprias terras, na Floresta das Trevas e

mais além. — Com isso Gimli concordou, embora sem muita satisfação, ao que

pareceu.

Já relembramos a longa caminhada dos personagens, por isso estamos prontos para seguir a diante. Já somos capazes de formular uma ideia legal sobre esse tema.

Após todo nosso aprendizado sobre os anões, afirmamos com certa categoria que a relutância de Gimli em ir à Fangorn tem a ver com sua personalidade turrona. Ao longo da história da Terra Média, anões e elfos foram amigos. Logo não era algo impossível de acontecer. Com sua graça e poder, Galadriel rompeu a teimosia de Gimli de uma vez por todas. Legolas, o melhor amigo do anão, não foi capaz de ultrapassar essa barreira completamente, por quê?

Pensei em inúmeras possibilidades para responder a pergunta acima, porém achei todas inadequadas. Por isso tenho quase certeza que o motivo é somente a teimosia de Gimli mesmo. Mas estou aberta a opiniões. Não sou especialista. Não tenho uma opinião fechada sobre o assunto.

Com esta imensa pulga atrás da orelha, deixo vocês. Estudarei nosso próximo tema. Até daqui a quinze dias, galera.